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extração do siso pode parecer traumática, principalmente, diante do relato de diversos pacientes, que dizem que sofrerem horrores após a cirurgia.

Porém, cada paciente se comporta de forma diferente e tem um problema distinto. Por isso, a recuperação depois do procedimento varia muito de pessoa para pessoa — existem indivíduos que passam por um pós-operatório super tranquilo, já outros, demoram um pouco mais para se recuperar.

Alguns sintomas são esperados e bastante comuns e podem ser contornados com a prescrição de analgésicos e relaxantes musculares. Outros, no entanto, podem representar uma complicação e devem ser levados ao conhecimento do dentista o mais rápido possível.

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Quais são os sintomas mais comuns após a extração do siso?

Para quem vai tirar o siso e está apreensivo diante dessa situação, separamos os sintomas comuns após a extração que não devem preocupar o paciente. Ainda que dolorido e um pouco incômodo, a boa notícia é que eles passam dentro de poucos dias.

 

Inchaço

O edema ou inchaço pode ocorrer em maior ou menor grau dependendo da pessoa. É comum, no entanto, que a extração dos sisos inferiores cause mais inchaço do que a dos superiores — quanto mais difícil a cirurgia, mais comum torna-se esse sintoma.

Nos casos em que é necessário cortar o dente para a remoção, por exemplo, é comum que o rosto fique bastante inchado.

 

Dor no local

Devido à intervenção, é comum que o local fique bastante dolorido. A dor pode acontecer por causa da complexidade da cirurgia, pois, muitas vezes, o dentista precisa remover uma parte do osso para conseguir tirar o siso ou por causa da força exercida pelo profissional durante a extração.

Além disso, os sisos ficam lá no fundo da boca e para enxergá-los, o dentista precisa afastar as bochechas do paciente. Então, depois da cirurgia também é normal que esse local fique um pouco dolorido.

Para minimizar o incômodo, o cirurgião dentista pode prescrever o uso de analgésicos para o controle da dor.

Sangramentos

É normal haver um pouco de sangramento logo após a extração do siso, contudo, quando a hemorragia é pequena, não apresenta riscos ao paciente. Para amenizar o quadro, o dentista aconselha a morder uma gaze.

Cicatrização

O processo de cicatrização é relativo e pode demorar mais ou menos, dependendo da pessoa. A gengiva, no entanto, tem um processo de cura diferente do da pele, por exemplo. Dentro do alvéolo (buraco onde ficava o dente) forma-se um tecido que permite a recomposição da gengiva com o tempo.

Para auxiliar no processo de cicatrização, é muito importante não fazer bochechos nas 48 horas após a cirurgia de extração do siso para que esse tecido não seja afetado quando ainda está na fase de formação.

Também é preciso ter cuidado na hora de fazer a higienização bucal, pois se a escova atingir o local operado, pode causar lesões que afetarão a velocidade de cicatrização cirúrgica.

Trismo

Trismo é o nome que se dá à dificuldade de abrir a boca após a cirurgia. Devido ao inchaço e à rigidez muscular, é comum que o paciente fique com esse incômodo. Isso acontece porque ele precisa deixar a boca muito aberta durante a extração do siso.

Lembrando que, muitas vezes, o procedimento é muito demorado, o que contribui ainda mais para o aparecimento do problema.

Alguns pacientes também podem apresentar dor na ATM (articulação temporomandibular), que é a articulação presente entre o osso mandibular e o crânio. Esse sintoma tende a melhorar de forma espontânea, na medida em que o inchaço diminui.

Para ajudar a aliviar esses incômodos de maneira mais rápida, o cirurgião dentista também pode prescrever alguns relaxantes musculares com o objetivo de minimizar esses sintomas.

Mau hálito

A higienização da boca no pós-operatório é mais difícil, pois o paciente está com a boca cheia de pontos e, por isso, pode não conseguir fazer a higiene corretamente. Ademais, como a tendência é mantê-la fechada, facilitando a proliferação das bactérias.

A presença de pontos na boca também contribui com o acúmulo de resíduos alimentares, que são um prato cheio para a multiplicação das bactérias causadoras do mau hálito.

Nesse período é preciso um pouco de paciência, já que os bochechos não são recomendados durante a fase de recuperação do pós-operatório do siso. Assim como os demais sintomas, com a escovação e a higienização regular, o mau hálito desaparecerá com o tempo.

Parestesia

É comum que alguns pacientes sintam um prolongamento da sensação da anestesia, o que causa a falta de sensibilidade a estímulos como frio calor ou formigamento nos lábios, língua e bochechas.

Esse sintoma é chamado de parestesia e é comum, desde que perdure apenas por algumas horas após a extração. Caso o sintoma se prolongue por dias, é necessário consultar o dentista para tratá-lo. Falaremos sobre isso mais adiante.

Dores de garganta

Alguns pacientes apresentam um quadro de irritação ou inflamação da garganta no pós-operatório. Isso acontece devido à proximidade anatômica da região, então não há necessidade para grandes preocupações caso você apresente esses sintomas.

Da mesma forma, dores de cabeça e ouvido também podem aparecer durante o período após a extração do siso.

Presença de um líquido amarelo-transparente

O aparecimento de um líquido amarelado e transparente e com um gosto desagradável também é comum em certos quadros. Caso isso ocorra, não há necessidade de preocupação, pois não se trata de uma infecção, apenas de uma inflamação.

Então, se um paciente estiver com os sisos inflamados antes da extração, esse sintoma pode aparecer.

Quais sintomas indicam que aconteceu uma complicação após a extração dos sisos?

Embora a maioria das cirurgias de extração do siso sejam tranquilas, determinados indivíduos podem sofrer complicações. Isso acontece devido a um erro durante o procedimento ou por fatores genéticos. Veja quais sintomas indicam que é necessário procurar o cirurgião-dentista para resolver o problema.

Parestesia prolongada

Embora seja comum que o paciente fique com dormência na boca por algumas horas após a cirurgia de extração de siso, quando esse sintoma se prolonga, o dentista deve ser comunicado.

Isso pode ocorrer porque, durante a cirurgia, um nervo foi afetado. Esse problema é mais frequente em extração de sisos inferiores, pois eles estão muito próximos às terminações nervosas. Quando os terceiros molares estão inclusos, o risco ainda é maior.

Vale lembrar que, caso isso ocorra, não significa que o dentista não tem capacidade para realizar esse procedimento. Na verdade, qualquer processo cirúrgico oferece riscos ao paciente e ele deve estar ciente disso.

Em alguns casos, os sintomas desaparecem com o tempo, mas quando a lesão é mais grave, será necessário fazer tratamentos para restabelecer a sensibilidade do paciente.

Comunicação buco-nasal

Essa complicação pode acontecer quando o paciente extrai um dente da arcada superior — no caso, os primeiros, segundos e terceiros molares. A comunicação buco-nasal é um é uma junção não desejada entre a boca e o seio maxilar.

Falando de forma simples, é um orifício deixa essas duas regiões anatômicas ligadas, o que não é normal. O seio maxilar é uma região “oca” que fica acima dos dentes superiores. O problema acontece por causa da proximidade das raízes dos sisos superiores com o seio maxilar.

Em alguns casos, o problema se resolve sozinho — contudo, isso é bem raro de acontecer. Logo, é necessário a realização de alguns procedimentos para que o buraco seja fechado, senão, infecções podem acontecer.

Infecção no pós-operatório

Em alguns casos muito raros, uma infecção bacteriana após a cirurgia de extração do siso pode se manifestar. Quando isso acontece, o paciente pode sofrer com dores de dente, febre, inchaço, gostou ruim ou salgado na boca, com ou sem o aparecimento de secreções.

No mais, o indivíduo pode sentir dificuldades em abrir a boca.

Para tratar a infecção, o dentista vai prescrever medicamentos específicos e recomendar repouso por alguns dias.

Como evitar problemas no pós-operatório?

Para evitar complicações no pós-operatório, o paciente deve seguir a risca das recomendações do dentista. Não fazer bochechos, não praticar atividades físicas e ter bastante cuidado na hora da escovação dentária são ações que minimizam as chances de problemas e ainda diminuem o desconforto no pós-cirúrgico.

Além disso, o paciente deve adotar uma dieta líquida e pastosa, evitar alimentos pegajosos, fibrosos e quentes — tomar sorvete e colocar gelo no local também ajudam no processo de cicatrização.

Caso o dentista prescreva o uso de medicamentos, o paciente deve tomá-los de acordo com as recomendações do profissional. Não é aconselhável tomar remédios por conta própria e muito menos aumentar ou diminuir a dose sem consultar o dentista.

Como escolher um bom profissional para fazer extrair os sisos?

A extração do siso pode ser tanto uma cirurgia simples quanto mais complexa pois, em muitos casos, o dente está incluso e apresenta uma dificuldade maior para ser removido. Por isso, é necessário que o dentista seja qualificado para realizar o procedimento.

Então, quando você for escolher um dentista para fazer esse tratamento, procure saber se ele tem a capacitação necessária para realizar o procedimento. Se seu caso for mais complexo, analise a experiência do profissional, pois esse fator fará toda a diferença em seu processo de recuperação.

Como você viu, a maioria dos sintomas apresentados após a cirurgia de extração de siso são comuns e passam com o tempo. Porém, quando isso não acontece, o dentista deve ser comunicado. O fato de esse procedimento ser bastante delicado é fundamental que você procure profissionais de sua confiança para realizar o tratamento.

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RT. CRO-GO-EPAO-425 C.D. Luis Francisco Coradazzi CRO-GO-CD-7747

A cavidade oral é uma parte do seu organismo que exige muitos cuidados, os quais incluem desde a correta higienização até consultas periódicas com o seu dentista. Esses hábitos contribuem para se manter uma boa saúde, tanto bucal quanto geral.

A falta desses cuidados pode resultar em algumas doenças, como a pericoronarite, muito associada também com o período do nascimento dos sisos, os famosos dentes do juízo que chegam com a idade adulta. Mas o que é pericoronarite? Essa é uma inflamação que ocorre na gengiva localizada ao redor da coroa do dente do siso enquanto ele está nascendo.

Se você tem sentindo algumas dores na região mais ao fundo da sua boca e percebeu que o seu dente do siso já despontou parcialmente, sendo que esse dente fica em um estado de “nasce, não nasce” sem fim, pode ser que você esteja sofrendo com os sintomas desagradáveis da pericoronarite. Quer saber mais sobre essa doença? Continue a leitura e descubra tudo sobre ela!

Fatores que contribuem para a inflamação​

Essa doença tem como principal fator desencadeante o nascimento parcial do dente do siso. Isso ocorre porque ele ainda estará coberto pelo tecido mole, entretanto, devido já ter rompido a gengiva em partes, alguns resíduos de alimentos vão se acumulando no espaço remanescente, inflamando o local, o que define a pericoronarite.

Essa inflamação afeta principalmente o tecido ao redor dos sisos inferiores, pois, nesse local, o espaço entre a gengiva e o dente é mais favorável ao acúmulo de restos de alimentos. Como consequência, esses resíduos acabam atraindo micro-organismos e estimulam a proliferação de bactérias, as quais provocam placa bacteriana e até cáries no novo dente.

Outro motivo que causa a pericoronarite é quando um dente fere a gengiva localizada do lado oposto no ato da mastigação. Assim, o problema pode ocorrer em diversos momentos da sua vida e não apenas durante o nascimento do terceiro molar, apesar de ser mais comum durante essa fase.

Além disso, o estresse, que provoca queda da imunidade, e infecções nas vias respiratórias, como amigdalites e faringites, pode predispor ao desenvolvimento da pericoronarite.

Principais sintomas

Os sintomas da pericoronarite incluem inchaço da gengiva, vermelhidão, dor aguda no local, formação de pus, sangramentos, mau-hálito, assim como dificuldade em abrir a boca, o que afeta em muito a fala, a mastigação e a deglutição.

Além disso, se não tratada corretamente, a pericoronarite pode evoluir para uma infecção, a qual pode ser leve, moderada ou severa, podendo atingir inclusive estruturas mais internas da sua boca, como os ossos, e outras regiões próximas, como a garganta e o ouvido.

Nessas situações mais sérias, sintomas como febre e mal-estar, dores de cabeça, garganta e ouvido, além de ínguas no pescoço, que é o inchaço dos gânglios devido a ativação do sistema imunológico, chamado de linfonodomegalia cervical, podem ser sentidos.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por um dentista, sendo de fundamental importância que você procure-o imediatamente ao sentir os primeiros sintomas. Primeiramente, o profissional avaliará a sintomatologia, ou seja, o que você relatar que está sentindo.

Logo após, ele vai examinar os sinais na sua boca que podem indicar uma pericoronarite, o que é chamado de exame intraoral. Além disso, ele poderá pedir uma radiografia panorâmica para avaliar a posição dos seus dentes na arcada dentária, analisando principalmente como está o seu siso, que pode ser um dos fatores que está gerando essa inflamação.

Tratamento mais indicado

O tratamento dependerá basicamente da intensidade dos sintomas. Como a pericoronarite é uma inflamação, o uso de anti-inflamatórios será receitado pelo seu dentista, medicamento que vai diminuir o inchaço, a dor e a vermelhidão da sua gengiva.

Se seu caso já estiver mais avançado, com a presença de infecção, o odontólogo vai prescrever o antibiótico adequado para conter e exterminar as bactérias causadoras do problema.

É importante destacar que o consumo de medicamentos deve ser feito corretamente e sempre conforme a prescrição. A dosagem deve ser respeitada, evitando esquecer ou tomar doses a menos, o que tornaria o tratamento inefetivo, ou exagerar e tomar a mais, que pode ser muito perigoso e provocar até uma intoxicação, o que colocaria sua vida em risco.

Além disso, completar os dias de tratamento até o fim também é fundamental, com destaque especialmente para os antibióticos. Logo nos primeiros dias, você já vai sentir uma melhora, mas você deverá tomar o medicamento até o fim para garantir que todas as bactérias causadoras da infecção sejam destruídas.

Além disso, algumas formas caseiras de remediar a pericoronarite incluem fazer bochechos com água morna e sal ou água oxigenada, o que é de fácil preparo e aliviará em muito os seus sintomas.

Somente após tratar a pericoronarite é que uma cirurgia de extração do siso poderá ser realizada. Esse procedimento é, muitas vezes, indispensável para evitar novas inflamações e problemas recorrentes no local onde o siso está nascendo. A cirurgia de extração é muito simples e de baixo risco, realizada em consultório e com anestesia local, ou seja, você não sentirá dor alguma.

Ademais, se a cirurgia não for recomendada ou o siso tenha espaço suficiente para nascer e permanecer na arcada dentária, um pequeno procedimento, chamado ulectomia, em que a gengiva que recobre o dente é retirada, pode ser a medida ideal.

A prevenção, no entanto, é a melhor opção, pois evita que a inflamação se inicie. Assim, escove muito bem os seus dentes, principalmente mais ao fundo da sua boca. Também nunca esqueça do fio dental, pois só com o uso dele você consegue remover resíduos de alimentos quase imperceptíveis entre os seus dentes. Você pode usar ainda um antisséptico bucal, para evitar a proliferação de bactérias que podem provocar infecções.

A pericoronarite provoca muitos incômodos, não só na sua boca, mas envolvendo todo o seu bem-estar, pois afeta em muito o seu dia a dia. Portanto, não deixe de procurar um dentista de confiança ao sentir os primeiros sintomas da inflamação, pois assim você iniciará o tratamento adequado o mais rápido possível e, quando recuperado, poderá seguir sua rotina normalmente.

Gostou de saber o que é pericoronarite e se identificou nessa situação? Então dê uma olhada em nosso post sobre tudo que é necessário para escolher a melhor escova de dente. 

Ao se deparar com uma dor no dente, que atrapalha em muito o seu dia a dia, você pode pensar que é apenas uma gengivite ou dente cariado, algo fácil de se resolver recorrendo a um dentista. Todavia, consultando seu odontólogo, logo descobre que o que está acontecendo dentro da sua boca é o nascimento do seu siso. E agora, o que são os dentes sisos? O que é necessário fazer? Isso será fácil de resolver como os outros problemas de saúde bucal?

Se você tem muitas dúvidas, não se desespere! Para saber tudo sobre os dentes do siso, acompanhe os próximos tópicos. Vamos te explicar tudo sobre eles a seguir!

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O que são os dentes do siso?

Os dentes do siso fazem parte do trio de molares, sendo esses quatro dentes os terceiros molares, que ficam posicionados na região mais posterior da arcada dentária. Eles costumam nascer apenas quando uma pessoa está entrando na idade adulta, ou seja, dos 17 aos 21 anos, mas esses dentes podem irromper também antes ou depois desse período.

Assim como os outros dois molares, o dente do siso participa da parte final da mastigação dos alimentos. Entretanto, devido à presença desses outros dentes para desempenhar essa função, o terceiro molar acaba tornando-se desnecessário.

Um exemplo disso é que, atualmente, diversas pessoas já nascem sem a presença do dente, ou seja, elas não têm o siso incluso, retido no osso abaixo da gengiva, e nunca passarão pelo processo de seu nascimento. Muitos pesquisadores afirmam que essa modificação no ser humano faz parte da evolução da espécie.

No passado, o siso era um dente indispensável, pois era muito comum os adultos perderem seus dentes molares que nasceram na infância por causa de cáries e placas bacterianas, pela falta de higienização e produtos adequados e ausência de cuidados com a saúde bucal.

Além disso, muitas outras pessoas acabam por ter seus dentes do siso retirados sem prejuízo algum à mastigação, por diversos motivos que serão citados no decorrer do artigo.

Quais são os sinais de nascimento?

Entre os sinais de que o seu siso está nascendo, os principais são dor, inflamação, inchaço e, em alguns casos, até infecções na gengiva, chamadas de pericoronarite, ou ainda infecções nos ossos da face, que pode causar perda óssea e dos tecidos que sustentam os dentes.

Se o seu terceiro molar está nascendo em uma posição correta, que é na vertical, ou seja, completamente alinhado, e sua arcada dentária tem espaço suficiente para abrigar o novo dente que está a nascer, provavelmente você sentirá apenas um pouco de inflamação e dor.

Entretanto, se o seu siso está nascendo na horizontal, na diagonal ou até invertido e, além disso, você não tem espaço adequado na arcada para o dente se acomodar, o seu caso é mais complicado.

Isso porque, ao tentar nascer, o siso causará diversos problemas na sua boca, entre eles, as já citadas infecções, que provocam dores severas; movimentação dos dentes, que pode entortá-los e empilhá-los; e até reabsorção da raiz do dente vizinho, o segundo molar, caso não consiga irromper.

Entre os sintomas mais severos estão também:

  • dores de garganta, se a infecção atingir tecidos mais internos da face, o que exige tratamento com antibióticos;
  • febre, que é uma resposta do organismo frente à infecção, que pode deixar a pessoa com um mal-estar muito grande, o que prejudica sua rotina e responsabilidades;
  • dores de cabeça, pois o siso pode estar movimentando os outros dentes, o que afeta a fala e a mastigação e, assim, devido aos músculos e articulações da cabeça serem os mesmos da face, as dores serão sentidas.

O uso de analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos pode ser muito útil no combate desses sintomas. Todavia, a consulta com um dentista de confiança é a medida mais adequada a ser tomada, pois ele está apto a resolver a causa de todos esses sintomas que, na maioria das vezes, se resolve por meio da extração do siso.

Inclusive, esse profissional prescreverá os antibióticos, os quais não podem ser comprados sem receita e são fundamentais para acabar com a infecção. Ademais, o dentista também poderá cuidar da sua estética se o alinhamento dos seus dentes e a mordida já estiverem afetados, sugerindo a utilização de um aparelho ortodôntico, por exemplo. Assim, você terá garantia de saúde bucal, beleza e qualidade de vida.

Se você está sofrendo com esses sintomas, provavelmente seu siso está nascendo. Então, procure logo um odontólogo de confiança para evitar que os sintomas se agravem. Esse é o profissional adequado para fazer uma avaliação rigorosa do seu caso e, assim, definir a melhor conduta a se seguir.

Todo mundo precisa tirar o siso?

Apesar de terem uma função substituível, os dentes do siso não precisam ser extraídos em todos os casos. Se o seu siso tem espaço para nascer na sua arcada dentária e está fazendo isso em posição correta, sem causar problemas nem interferir nos dentes vizinhos, ele possivelmente passará o resto da vida dentro da sua boca.

Entretanto, mesmo tendo nascido corretamente e sem causar problemas, por que extrair é muitas vezes uma opção? É por que, após irromper, os dentes do siso podem ainda trazer incômodos. Isso ocorre devido à sua localização, pois sendo o dente mais ao fundo na boca, a higienização dele se torna uma tarefa árdua e, muitas vezes, não cumprida.

Assim, muitos resíduos de alimentos vão se acumulando na região, o que provoca a proliferação de bactérias, que causam cáries, mau hálito e desconforto ao paciente. Por esse motivo, nesses casos, a extração de siso é uma alternativa.

No entanto, se os seus dentes do siso estão deitados ou inclinados, com todos os indícios que podem causar danos a sua saúde bucal e geral ainda antes de nascerem, a extração dos sisos será a solução. Tendo isso em vista, é muito importante se consultar regularmente com o seu cirurgião-dentista para que ele acompanhe o seu caso.

A partir da adolescência, que é quando o siso pode começar o processo de nascimento, o dentista pedirá exames como documentação ortodôntica, para saber o espaço disponível na sua arcada e se ele será suficiente para acomodar o siso, e radiografia panorâmica, para saber qual a posição exata do seu terceiro molar e o estágio de formação de sua raiz.

Fazendo uma avaliação completa do seu caso, o cirurgião-dentista vai definir se a melhor opção é retirar o seu siso ou não. Sobre quando tirar o terceiro molar, a melhor idade para realizar a cirurgia é antes dos 20 anos de idade, porque é nessa idade em que a raiz ainda está parcialmente formada e os tecidos são mais maleáveis, o que facilita a retirada do dente.

Além disso, a cicatrização dos tecidos ocorre muito mais rapidamente do que na idade adulta, sendo que, depois dos 30, o dente já pode até ter calcificado no osso, o que torna a retirada do siso um procedimento muito mais complicado.

Como é feita a cirurgia de extração do siso?

A cirurgia é um procedimento simples, apesar de frequentemente provocar muito medo a quem necessita fazer a extração de siso. Então, não fique apavorado! Depois de fazer os exames necessários que, na maioria das vezes, é a radiografia panorâmica, seu dentista saberá melhor como está a posição dos seus dentes do siso e também a estratégia ideal para retirá-lo.

No dia anterior da extração, é necessário tomar alguns medicamentos, como antibióticos e anti-inflamatórios, para evitar possíveis complicações. Esse tratamento continuará por alguns dias após a realização do procedimento e é fundamental realizá-lo por completo, seguindo as recomendações do seu dentista.

No dia da cirurgia, procure fazer uma alimentação leve, não fume nem faça o consumo de bebidas alcoólicas, e realize uma higienização adequada na sua boca antes de ir para o consultório.

O primeiro passo da cirurgia é a aplicação da anestesia. Essa anestesia é local, ou seja, ela não vai tirar a sua consciência, mas bloqueará a sensibilidade no local por algumas horas, não permitindo que você sinta dor alguma no decorrer da extração.

Os anestésicos mais utilizados na extração costumam ser a articaína ou bupivacaína, sendo que as injeções são aplicadas na gengiva, tanto no lado interno quanto externo. Nos sisos superiores, a anestesia é aplicada também no céu da boca, ao redor dos dentes. Nos inferiores, o nervo lingual — ao fundo da boca — também é anestesiado antes do procedimento.

O dentista pode optar ainda por utilizar uma pomada anestésica antes de injetar a anestesia local, para evitar a dor da picada da agulha. Em alguns casos mais sérios de retirada do siso, pode ser necessário a aplicação de anestesia geral, procedimento que será realizado então em um hospital para maior segurança.

A retirada do siso propriamente dita pode ser realizada por duas técnicas. Na primeira, em que o dente do siso já irrompeu, a extração é igual à retirada de outros dentes.

Na segunda, em casos em que o dente do siso ainda não nasceu, é necessário fazer uma incisão na gengiva, expondo a camada óssea que recobre o dente. Essa camada deverá ser parcialmente removida por meio de dissecção óssea, procedimento chamado de osteotomia, o qual permitirá ter acesso ao siso para a sua retirada.

No procedimento, diversos instrumentos são utilizados, estando entre eles uma alavanca, que amolecerá o dente, e o fórceps dentário, um instrumento que abraçará a coroa do siso para poder puxá-lo e removê-lo.

O dente pode ainda passar por uma odontosecção, ou seja, ser partido em diversos pedaços menores antes da sua retirada, para evitar que mais osso tenha que ser desgastado e que a extração seja realizada por completo.

Sobre o tempo da cirurgia, ela pode variar de 5 a 30 minutos por dente extraído, dependendo da complicação de cada caso. A quantidade de sisos que serão retirados é uma escolha que deve ser tomada com seu cirurgião, o qual avaliará a facilidade em retirar tais dentes e também a probabilidade de complicações, assim como a recuperação do paciente.

Após a extração, o dentista fará alguns pontos — de dois a três — com fios de algodão ou nylon, para fechar o espaço vazio deixado pelo dente, assim como as incisões realizadas. Após completar uma semana da extração, é necessário retornar ao consultório para que os pontos sejam removidos pelo profissional.

Agora que você já sabe como é feita a extração, pôde observar que o procedimento é simples e, além disso, tem um baixo índice de complicações. Assim, não fique desesperado se o seu dentista constatar a necessidade de retirar seus terceiros molares.

Nas mãos de um profissional de confiança, você estará seguro e, com certeza, a cirurgia será realizada com responsabilidade, gerando resultados satisfatórios para a sua saúde bucal e geral.

Quais são os cuidados pós-cirúrgicos?

Se você passou pelo procedimento de extração dos dentes do siso, existem alguns cuidados após a cirurgia que são necessários para evitar complicações. Assim, seu dentista vai fazer recomendações importantes, as quais devem ser seguidas fielmente. Confira a seguir quais são elas:

Alimentação

A primeira delas é apenas ingerir alimentos frios ou gelados, para que sangramentos e até hemorragias sejam evitadas. Além disso, os alimentos devem ter consistência líquida e pastosa, para que esforços não sejam necessários durante a mastigação.

Isso acabaria machucando o local onde a cirurgia foi realizada e onde se encontram os pontos, sendo que esses poderiam até romper, complicando o fechamento da ferida. Seguir essa recomendação é, portanto, fundamental para uma boa recuperação. Entre os principais exemplos de alimentos adequados para consumir nesse período estão: sorvetes, iogurtes, gelatinas, sopas frias (podendo ser batidas em liquidificador), e sucos naturais.

É importante evitar comer apenas alimentos açucarados e pouco nutritivos, pois muito açúcar pode aumentar o risco de cáries. Além disso, uma alimentação equilibrada é indispensável para uma recuperação satisfatória. Outro ponto fundamental é não se esquecer da hidratação, pois beber água é muito importante para manter uma boa saúde.

Repouso

O repouso após a cirurgia também é indicado, pois esforços não fazem bem para a recuperação. Até a fala deve ser evitada, porque a movimentação da boca pode aumentar a dor. Além disso, evite a exposição ao sol e banhos muito quentes. Já os exercícios físicos devem ser suspensos por no mínimo cinco dias.

Compressas de gelo

Com uma bolsa de gel ou improvisando com um saco plástico, faça compressas de gelo, sem esquecer de colocar um pano ou toalha para evitar queimaduras na pele das bochechas. As compressas devem ser realizadas nas primeiras 24 horas após a cirurgia, aplicando-as por 20 minutos no local, fazendo pausas no mesmo período de tempo, para evitar inchaços.

Cuidados para evitar sangramentos

Um outro ponto muito importante a ser seguido no pós-operatório é utilizar uma gaze entre os dentes, no local onde a cirurgia foi realizada, pressionando levemente com a mordida, para evitar sangramentos. Inclusive, você deve evitar passar o dedo, a língua e outros objetos no local da cirurgia, o que dificulta a cicatrização e pode provocar sangramentos.

Uma pequena perda sanguínea na região no primeiro dia pós-cirurgia é normal, e o paciente pode sentir o gosto de sangue na boca, o que, à noite, pode manchar a roupa de cama. Entretanto, se os sangramentos estiverem muito intensos, procure o seu dentista imediatamente.

Higienização adequada

A higienização correta da boca é um fator indispensável, pois isso evita o acúmulo de resíduos de alimentos e o surgimento de placas bacterianas e cáries. Assim, escove os dentes com uma escova macia, para não ferir o local da cirurgia. A quantidade de pasta de dente deve ser reduzida, para evitar ardência. Utilize ainda o fio dental e um antisséptico sem álcool, para finalizar a limpeza e evitar infecções.

Medicamentos

Os medicamentos receitados devem ser tomados até o fim do tratamento, para evitar complicações como infecções, inflamações e também a dor. Aliás, tomar analgésicos logo após a cirurgia é fundamental para evitar dores intensas ao fim da anestesia. No entanto, não exagere nos medicamentos e tome-os sempre conforme a prescrição pois, em excesso, podem trazer danos e efeitos adversos.

Consumo de álcool e cigarro

Por último, o consumo de bebidas alcoólicas deve ser evitado, visto que você estará tomando antibióticos e o álcool interfere nesse tratamento. Outro ponto é evitar o fumo nesse período, pois, com uma ferida na boca em cicatrização, as substâncias tóxicas do cigarro penetrariam nela, aumentando o risco de infecções e inflamação.

Apesar do pós-operatório ser um pouco dolorido, ele costuma durar apenas de três a quatro dias. Além disso, você passará todo esse período em casa, pois, logo ao fim da cirurgia, receberá alta, sem necessidade de internamento. Então, seja paciente, siga corretamente as orientações passadas pelo profissional e, assim, a recuperação será completa e você estará livre de problemas e complicações.

Quais são as principais curiosidades sobre o siso?

O siso contém células-tronco?

Uma curiosidade muito interessante sobre os dentes do siso é que eles podem conter células-tronco. Essas células são multipotentes, ou seja, em laboratório, podem se transformar em diversas células e gerar tecidos, sendo muito úteis em diversos tratamentos de saúde.

Com isso, há a possibilidade de o paciente que extraiu seus sisos guardar suas células-tronco. Uma clínica responsável por conservar essas células deverá cuidar do material imediatamente após a extração do dente, pois ele é muito delicado e necessita de cuidados rápidos para se manter preservado.

Após colhidas do terceiro molar e avaliadas por um profissional especializado, a conservação das células-tronco se dará por meio de criopreservação, ou seja, em temperaturas muito baixas, utilizando nitrogênio líquido.

Por que ele é chamado de dente do juízo?

Uma curiosidade sobre o apelido “dente do juízo” é que ele vem do fato desses dentes nascerem somente quando as pessoas estão se tornando adultas, em vez de irromper na infância, como todos os outros dentes. Como o avanço da idade exige maiores responsabilidades de uma pessoa, isso acabou por associar o momento de nascimento do siso com o desenvolvimento de juízo, gerando o famoso apelido.

Um erro na extração pode provocar paralisia permanente?

Outra informação é que muitas pessoas têm medo de realizar a cirurgia de extração dos dentes do siso devido à probabilidade de erro na cirurgia, atingindo algum nervo, o que provocaria paralisia e perda de sensibilidade permanentes na boca.

A possibilidade de provocar paralisia não é verdadeira, no entanto, se o nervo alveolar inferior for atingido no procedimento, a sensibilidade de regiões da língua e do queixo poderão ser perdidas, o que é chamado de parestesia, e seria uma situação muito desagradável ao paciente.

Essa parestesia pode durar de semanas ou até meses. O uso de medicamentos e tratamentos como aplicação de infravermelho e laser na região afetada podem acelerar a recuperação da sensibilidade.

O segredo para realizar uma boa cirurgia é escolher um bom cirurgião-dentista ou cirurgião buco-maxilo-facial, que são os profissionais aptos a realizar a extração de siso. Procure saber sobre a formação acadêmica e qualificações do profissional e, além disso, busque indicações positivas com pessoas que já são pacientes e realizaram a cirurgia com ele.

Observe também, na primeira consulta, se o profissional vai pedir os exames adequados para avaliar corretamente o seu caso. Assim, você terá a garantia de que vai passar pelo procedimento de extração do siso em segurança, atingindo os resultados esperados e sem complicações.

Ao remover um siso, é preciso remover todos?

Mais uma informação muito difundida entre as pessoas é que, se alguém retirar um dos seus sisos, todos necessitam ser extraídos. Isso é um mito, entretanto, ao tirar o siso superior direito, é indicado que o inferior direito também seja retirado, por exemplo. O motivo dessa extração é que o dente antagonista remanescente — o inferior direito nesse exemplo — machucaria a gengiva superior se permanecesse na boca.

A falta de higienização pode levar à realização de outro procedimento cirúrgico?

Mais uma curiosidade é que você pode passar por outro procedimento cirúrgico, em vez da extração de siso. Se ele já tiver nascido em posição correta, mas a limpeza não está sendo realizada de forma adequada, o dentista poderá optar por fazer uma ulectomia.

Esse procedimento é uma cirurgia de remoção de excesso de gengiva ao redor dos dentes, a qual pode acumular restos alimentares que aumentarão o risco de placa bacteriana e cáries, sendo que a sua remoção ajudaria na higienização do local.

Ao irromperem, os dentes do siso são, muitas vezes, a causa de muito incômodo ao paciente, problema que deve ser resolvido o mais rápido possível por um dentista de confiança. Se seu siso já nasceu sem causar danos, tome todos os cuidados necessários com a sua higienização!

Escove bem os dentes e passe o fio dental sempre, pois essa atitude evita a placa bacteriana e as cáries que, com o passar do tempo, podem causar muita dor e até a necessidade de extração de siso tardiamente.

Mas não se preocupe! A retirada dos dentes do siso é um procedimento de baixo risco e indolor, sendo que você deve seguir todas as orientações recomendadas no pós-operatório para ficar bem e recuperado rapidamente. Cuidando bem do seu terceiro molar, você garantirá uma saúde bucal e geral adequadas, além de ter a certeza de uma estética agradável e que lhe proporcionará qualidade de vida.

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Certamente você já ouviu falar sobre o terceiro molar e conhece sua fama como o dente do juízo, que gera piadinhas sobre “perder o juízo” no momento da extração de siso e desperta muito medo em algumas pessoas.

No passado, esse dente era utilizado como um substituto natural em casos de perda precoce do primeiro ou segundo molar — muitas vezes perdido devido à falta de higiene bucal. Atualmente, com diversas soluções disponíveis para a limpeza correta dos dentes, são raras as situações em que o primeiro molar é perdido, tornando a função do siso dispensável.

Agora, a pergunta que não quer calar: qual é o momento ideal para retirar o siso? Acompanhe este artigo para descobrir a resposta e entender mais sobre o procedimento!

A necessidade da extração de siso

O siso faz parte do trio de molares, que são os dentes responsáveis por triturar os alimentos na etapa final da mastigação. O problema não está simplesmente em não ter utilidade, mas sim nos danos que ele pode causar à sua arcada dentária, entre eles:

  • acúmulo de resíduos de alimentos, devido ao difícil acesso para higienização com escova de dentes e fio dental. A condição atrai bactérias que se proliferam muito rapidamente e que podem provocar cáries, mau hálito, inflamação e dor no local;
  • desalinhamento da mordida e dentes tortos se ele não irromper (nascer) em um espaço adequado, afetando a estética do paciente. Isso é um problema principalmente se você já usou aparelho, pois o siso certamente mexerá com a sua arcada;
  • infecção no osso se o siso estiver em posições errôneas, como deitado, de lado, na diagonal ou, até mesmo, de ponta cabeça;
  • infecções e inflamações assintomáticas, que podem ocorrer na gengiva, na raiz dos dentes e até nos ossos faciais.

Esses são os principais sinais de que o seu siso precisa ser extraído, mas você não deve esperar o dente começar a incomodar para procurar um dentista. A extração de siso é, portanto, um procedimento necessário e muito vantajoso para a qualidade de vida do paciente, pois interfere na saúde e em questões estéticas.

Avaliação pré-operatória

A retirada do siso deve ser feita preferencialmente na idade entre 15 aos 20 anos. Esse momento é ideal pelo fato de a raiz do dente não estar completamente formada, tornando a retirada mais fácil. Além disso, a recuperação e cicatrização nessa idade ocorrem mais rapidamente.

Após ir ao seu ortodontista ou cirurgião-dentista, ele pedirá uma documentação ortodôntica e avaliará o espaço disponível na sua arcada dentária para abrigar o siso. É possível que, com apenas uma radiografia panorâmica, o profissional consiga constatar a necessidade de retirar o terceiro molar.

Esses exames de imagem são realizados para saber precisamente qual a posição do seu dente, se a raiz está bem formada ou se o siso está muito próximo de nervos faciais.

Os sisos inferiores são os que costumam dar mais trabalho na hora da extração. Isso porque são maiores que os superiores e porque a mandíbula onde estão localizados é mais curta e rígida que o maxilar. Entretanto, não se preocupe! O procedimento é tranquilo e tem um índice muito baixo de complicação.

Cuidados necessários antes de realizar o procedimento

No dia da extração, é necessário começar um tratamento com antibióticos e anti-inflamatórios para evitar possíveis infecções e inflamações decorrentes do procedimento. A prescrição dos medicamentos será feita corretamente pelo seu dentista, na quantidade exata, conforme cada caso.

Faça refeições leves e evite fumar no dia da cirurgia. Antes do procedimento, escove bem os dentes, sem esquecer de passar o fio dental.

Primeira etapa: a anestesia

É aplicada pelo próprio cirurgião dentista antes de realizar a extração de siso.  Essa anestesia é local, ou seja, ela não fará você perder a consciência, apenas interromperá a sensibilidade na região oral por algumas horas.

Em casos extremos, pode ser necessário o uso de anestesia geral, em que o paciente ficará sedado para a realização da extração em ambiente hospitalar. Todavia, essas situações são raras e, tanto no procedimento mais comum, em consultório ou hospital, você não devera sentir dor.

Segunda etapa: a retirada do siso

São duas as técnicas possíveis para a retirada. A primeira, realizada quando o siso já nasceu, é como extrair qualquer outro dente. Por outro lado, se o seu siso está incluso, é necessário fazer uma incisão na gengiva e remover parcialmente o osso que o recobre.

Entre os instrumentos utilizados na extração está uma espécie de alavanca, que serve para amolecer o siso. Posteriormente, é utilizado o fórceps dentário, que abraça a coroa do dente para retirá-lo. Algumas vezes, o siso pode ser removido em partes, para evitar perda óssea desnecessária e garantir a extração completa.

A cirurgia costuma durar entre 5 e 30 minutos por dente, conforme a situação de cada siso. Sem necessidade de internamento, o paciente pode ir para casa assim que for finalizada a extração, com a ajuda de um acompanhante.

A decisão de retirar dois sisos por procedimento ou os quatro de uma vez só deve ser planejada com o profissional, que vai analisar a praticidade e possibilidade de complicações. O conforto do paciente é mais um fator importante a ser considerado, destacando que, se retirados todos juntos, o pós-operatório será apenas um.

Terceira etapa: a realização dos pontos

Após a extração, ficará um espaço vazio devido à ausência do terceiro molar, sendo necessária a realização de pontos para fechar o local. Depois, você deverá esperar, aproximadamente, uma semana para retornar à clínica e retirar os pontos.

O pós-operatório

O pós-operatório é um período incômodo, que dura de 3 a 4 dias. Logo após a cirurgia, você precisará tomar analgésicos potentes para evitar sentir dor quando o efeito da anestesia acabar. O ideal é continuar o uso de medicamentos por mais alguns dias.

Outro cuidado importante é utilizar uma gaze no local, pressionando suavemente com a mordida para evitar sangramentos. Além disso, você só poderá consumir comidas frias ou geladas, preferencialmente de consistência pastosa. Elas ajudam a diminuir o inchaço e evitam hemorragias, assim como outras lesões no local da cirurgia.

O repouso também é fundamental no pós-operatório. Então, nada de praticar exercícios físicos nesse período! Ademais, a higienização adequada é outro fator indispensável. Utilize escova de cerdas macias e procure fazer bochechos com antisséptico bucal 3 vezes ao dia até a remoção dos pontos.

A extração de siso é, portanto, um procedimento muito benéfico, tanto para sua saúde bucal e geral quanto para a estética. Os cuidados com o seu bem-estar são fundamentais, então, não deixe para última hora!

Agora, se você tem interesse em realizar o procedimento, não deixe de entrar em contato para fazermos uma avaliação adequada do seu caso e realizarmos uma extração com segurança!