Odontogeriatria: o que você precisa saber para cuidar do sorriso na terceira idade
Você já parou para pensar que, assim como o corpo muda com o passar dos anos, a boca também passa por transformações? É aí que entra a odontogeriatria, uma especialidade da odontologia voltada para o cuidado da saúde bucal de pessoas idosas.
Essa área nasceu nos Estados Unidos, nos anos 60, ganhou reconhecimento acadêmico nos anos 80 e chegou ao Brasil ainda no século XX.
Hoje, faz cada vez mais sentido: segundo o Ministério da Saúde, a população idosa vem crescendo rapidamente e a tendência é que, até 2030, a população de pessoas idosas supere a de jovens até 14 anos.
Se a expectativa de vida aumentou, precisamos também garantir que esse tempo seja vivido com qualidade, saúde e bem-estar – e a odontogeriatria é peça-chave nesse processo.
Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura!
O que é odontogeriatria e por que ela é tão importante?
A odontogeriatria é muito mais do que um dentista para determinada fase da vida. Ela leva em consideração:
- As mudanças naturais que acontecem na boca ao longo do envelhecimento.
- A prevenção e o tratamento de doenças bucais que podem prejudicar não só o sorriso, mas também a nutrição, a fala, a autoestima e até a saúde do coração.
- A atuação em conjunto com outros profissionais de saúde, como médicos, nutricionistas e fonoaudiólogos.
Ou seja, trata-se de uma odontologia feita com cuidado, paciência e olhar humano para as particularidades dessa faixa etária.
Quais são os principais problemas bucais na terceira idade?
Algumas alterações são bastante comuns conforme os anos passam. Veja se você ou alguém próximo já passou por alguma delas.
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Perda da tonicidade da língua
Assim como os músculos do corpo, a língua também perde firmeza com o tempo. Isso pode atrapalhar funções básicas como falar e mastigar.
O dentista pode indicar exercícios, adaptações e cuidados para melhorar a qualidade de vida.
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Diminuição da sensibilidade gustativa
Já notou que algumas pessoas idosas usam mais sal ou açúcar para sentir o sabor da comida? Isso acontece porque as papilas gustativas diminuem ao longo dos anos. 
Aqui, a orientação profissional é fundamental para não exagerar em temperos que podem prejudicar a saúde. Em muitos casos, o acompanhamento também envolve um nutricionista.
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Diminuição da produção de saliva
A boca seca é um problema muito comum na terceira idade e pode ser consequência natural do envelhecimento ou até de medicamentos de uso contínuo. Isso contribui para o mau hálito e o desconforto.
O dentista pode indicar alternativas e estratégias para manter o equilíbrio da saúde bucal.
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Perda de dentes
Higienização mais difícil, aumento do consumo de certos alimentos e doenças gengivais podem acelerar a perda dentária. Aqui, a atuação do especialista é essencial para:
- Prevenir novas perdas.
- Indicar tratamentos como próteses ou implantes dentários.
- Acompanhar de perto para garantir segurança e conforto.
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Doenças gengivais
A gengiva também envelhece e pode sofrer com inflamações e infecções. Além de causar dor e sangramentos, as bactérias podem chegar à corrente sanguínea e contribuir para problemas mais graves, como doenças cardíacas.
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Outros cuidados importantes
- Lesões na boca: aftas, candidíase e traumas de próteses mal adaptadas.
- Medicamentos: muitos causam boca seca ou afetam a saúde da gengiva. O dentista avalia e orienta como lidar com isso.
Como a saúde bucal impacta a vida do idoso?
Ter dentes e gengivas saudáveis não é apenas uma questão estética. Na terceira idade, isso pode significar:
- Alimentação melhor: mastigar bem garante uma nutrição adequada.
- Mais disposição e autoestima: um sorriso saudável influencia no humor e no bem-estar.
- Prevenção de doenças: diabetes, problemas cardíacos e até pneumonias podem ter relação com a saúde bucal.
Em resumo: cuidar do sorriso é cuidar da saúde do corpo todo.
Como prevenir e manter a saúde bucal na terceira idade?
Se você chegou até aqui, provavelmente está se perguntando: O que posso fazer para ter uma boca saudável ao envelhecer?
Siga algumas orientações práticas:
- Escove os dentes pelo menos 3 vezes ao dia com escova macia.
- Use fio dental ou escovas interdentais com a frequência que o dentista recomendar.
- Mantenha a boca hidratada – beber bastante água ajuda (e muito!).
- Reduza o consumo de açúcar e sal.
- Higienize corretamente próteses ou aparelhos.
- Consulte regularmente o dentista – consultas frequentes ajudam a prevenir problemas antes que eles se tornem graves.
Atendimento humanizado: o diferencial da odontogeriatria
Mais do que tratar dentes, o dentista entende que cada pessoa tem seu tempo, sua história e suas limitações. Por isso, o atendimento costuma ser adaptado:
- Consultórios com acessibilidade e conforto.
- Consultas mais longas, com paciência e diálogo.
- Estratégias para atender pacientes com doenças como Alzheimer ou Parkinson.
Esse cuidado faz toda a diferença na experiência do paciente.
A odontogeriatria é uma especialidade essencial para garantir que o envelhecimento seja acompanhado de saúde, bem-estar e qualidade de vida.
Se você tem mais de 60 anos – ou cuida de alguém que já chegou nessa fase – vale a pena procurar um dentista e manter o acompanhamento regular.
E você, já conhecia essa especialidade? Agora, encaminhe para alguém que também vai gostar de saber mais sobre esse assunto.
RT. CRO-GO-EPAO-425 C.D. Luis Francisco Coradazzi CRO-GO-CD-7747



