Será que você tem mau hálito e não sente? Veja como a fadiga olfativa pode impactar a sua saúde bucal 

Você já percebeu que não sente mais o cheiro da sua casa, mas quando vai à casa de alguém, nota um cheiro diferente? Ou que o perfume que você usa há anos parece não ter mais cheiro para você, mas as outras pessoas continuam sentindo?  

Isso acontece por um fenômeno chamado fadiga olfativa – e ele pode ser um grande problema quando falamos de mau hálito. 

Se você convive com um odor por muito tempo, seu cérebro para de identificá-lo como novidade e simplesmente ignora. Isso significa que, se você tem halitose, pode não perceber o cheiro desagradável.  

E mais: quem convive com você, como seu cônjuge ou familiares, pode também não notar mais. 

Se você desconfia que tem mau hálito ou conhece alguém nessa situação, vamos entender melhor esse problema e descobrir como resolvê-lo. 

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O que é fadiga olfativa? 

A fadiga olfativa é um mecanismo natural do nosso corpo. O olfato funciona como um sensor de alerta para identificar odores novos e possíveis ameaças no ambiente.  

Quando estamos expostos continuamente ao mesmo cheiro, nosso cérebro entende que ele não representa um risco e simplesmente para de detectá-lo com a mesma intensidade. 

Isso explica por que: 

  • Você não sente mais o cheiro da sua própria casa. 
  • Seu perfume parece perder o efeito depois de um tempo de uso. 
  • Quem tem mau hálito não percebe o próprio odor. 

O problema é que, quando falamos de halitose, essa falta de percepção pode impedir que a pessoa perceba e resolva o problema. 

Veja um pouco mais sobre o assunto no trecho da entrevista com o Dr. Henrique Taniguchi no programa Consultório Aberto: 

Mau hálito: um problema silencioso 

O mau hálito, ou halitose, é um problema mais comum do que se imagina. Muitas vezes, a pessoa não percebe que tem, porque o nariz já se acostumou ao cheiro. Além disso, quem convive de perto – como um cônjuge ou familiares – pode sofrer da mesma fadiga olfativa e, por isso, não notar ou não comentar. 

Isso pode se tornar um grande incômodo em situações sociais e profissionais. O medo de ter mau hálito pode afetar a autoconfiança e a comunicação. Mas o maior problema é quando a pessoa tem halitose crônica e nem desconfia disso. 

Principais causas do mau hálito 

O mau hálito pode ter diversas origens, e algumas delas são fáceis de resolver. Veja as principais:

Má higiene bucal 

A falta de escovação adequada e de uso do fio dental permite o acúmulo de restos de alimentos e placas bacterianas nos dentes e na língua, causando cheiro ruim. 

Problemas gengivais 

Doenças como gengivite e periodontite geram inflamação e acúmulo de bactérias na boca, o que contribui para o mau hálito persistente. 

Boca seca (xerostomia) 

A saliva tem um papel fundamental na limpeza da boca. Quando há pouca produção de saliva – seja por estresse, uso de medicamentos ou baixa ingestão de água – o mau hálito pode aparecer. 

Cáries dentárias 

As cáries são um terreno fértil para bactérias. Quando há cáries nos dentes, essas bactérias liberam substâncias que provocam um odor desagradável. 

Como diagnosticar e tratar o mau hálito? 

Se você desconfia que tem mau hálito, o primeiro passo é procurar um dentista. O profissional poderá avaliar sua saúde bucal, identificar a causa do problema e indicar o tratamento adequado. 

Diagnóstico do mau hálito 

O dentista pode usar diferentes métodos para diagnosticar a halitose, como: 

Avaliação clínica 

Observação da saúde gengival, presença de cáries, placas bacterianas e saburra lingual. 

Investigação de outras causas  

Se o problema não for exclusivamente bucal, o dentista pode indicar que o paciente procure um médico para investigar outras possíveis origens do mau hálito. 

É possível prevenir o mau hálito? 

Sim. Na maioria dos casos, o mau hálito pode ser resolvido com hábitos diários. Veja algumas orientações: 

Capriche na higiene bucal: escove os dentes corretamente após as refeições e use fio dental diariamente. Não se esqueça de limpar a língua. 

Hidrate-se: beba bastante água ao longo do dia para evitar o ressecamento da boca. 

Alimente-se bem: evite ficar longos períodos sem comer, pois isso pode aumentar a acidez da boca e causar mau hálito. 

Consulte o dentista regularmente: um dentista fará checkup odontológico para identificar problemas bucais desde cedo e indicar o tratamento adequado. 

Agora você sabe que a fadiga olfativa pode fazer com que você não perceba o próprio hálito, mas isso não significa que ele não esteja causando impacto na sua vida social e profissional. 

Se houver qualquer suspeita de halitose, o ideal é agir o quanto antes. Pequenas mudanças de hábitos podem fazer toda a diferença para manter um hálito fresco e saudável. 

E lembre-se: o dentista é seu melhor aliado para a prevenção odontológica! Não tenha receio de buscar ajuda profissional para resolver esse incômodo. 

O mau hálito pode ser causado por má higiene bucal, cáries, doenças gengivais, boca seca e até mesmo alimentação inadequada. 

Como estamos acostumados ao próprio cheiro, nem sempre percebemos. O ideal é consultar um dentista para um diagnóstico preciso. 

Não. Ele pode mascarar o cheiro por um tempo, mas não resolve a causa do problema. O ideal é manter uma boa higiene e procurar um dentista para um diagnóstico completo. 

Sim! A hidratação estimula a produção de saliva, que ajuda a limpar a boca e reduzir o mau hálito. 

Se o mau hálito for frequente e persistir mesmo com boa higiene bucal, é essencial procurar um dentista para investigar e tratar a causa corretamente.