Perder um dente de trás é mais sério do que parece – Descubra agora  

Você já parou para pensar na importância dos dentes do fundo da boca? É natural darmos mais atenção aos dentes da frente, afinal, eles são o nosso cartão de visitas ao sorrir. Mas e quando um dente de trás decide nos deixar? Será que faz tanta diferença assim? A ciência e a prática clínica nos mostram que sim! 

Muitas pessoas acabam adiando a reposição de um dente de trás perdido, especialmente por ele não estar tão visível. No entanto, esses “coadjuvantes” da nossa boca desempenham um papel importante na mastigação, na saúde da mandíbula e até mesmo no alinhamento dos outros dentes. 

Se você está nessa situação ou conhece alguém que perdeu um dente de trás, continue lendo! Vamos explorar porque a reposição é fundamental e os problemas que podem surgir se o implante dentário for postergado, com base em evidências científicas recentes. 

Quer entender visualmente o impacto da perda de um dente de trás? Assista ao vídeo do Dr. Henrique Taniguchi sobre esse tema essencial para sua saúde bucal! 

A relevância dos dentes posteriores para sua saúde bucal e geral: o que a ciência diz

Nossos dentes de trás, também conhecidos como molares e pré-molares, são verdadeiros “operários” da nossa boca. Eles são os principais responsáveis por: 

  • Mastigação eficiente: como estudos demonstram, a ausência de dentes posteriores, especialmente molares, pode reduzir significativamente a eficiência mastigatória. Pessoas com menos de 20 dentes funcionais frequentemente têm dificuldade em triturar os alimentos adequadamente, o que impacta diretamente na digestão e na absorção de nutrientes. Uma mastigação adequada alivia o trabalho do sistema digestivo. 
  • Suporte estrutural e prevenção de problemas de alinhamento: eles dão apoio à musculatura facial e contribuem para a correta articulação da mandíbula, essencial para falar, mastigar e bocejar sem dores. A ausência de um dente de trás pode levar à inclinação dos dentes vizinhos para preencher o espaço, comprometendo o alinhamento e a oclusão. 

O que acontece se você demorar a fazer um Implante Dentário? A perspectiva científica

Quando há uma perda dentária na região posterior da boca e a substituição é adiada, o espaço vazio pode desencadear uma série de reações em cadeia que afetam a sua saúde bucal e geral, com base em achados de pesquisas: 

  • Mastigação comprometida e impacto digestivo: sem um dente de trás para triturar os alimentos corretamente, a mastigação se torna menos eficaz. Isso leva a partículas maiores de alimento que chegam ao estômago, mais difíceis de digerir, podendo causar inchaço, má absorção de nutrientes e até mesmo impactar negativamente o microbioma intestinal. Estudos mostram que a perda dentária pode levar a uma menor ingestão de fibras, proteínas e vitaminas, com maior consumo de carboidratos refinados, conforme abordado por fontes como Understanding the Link Between Oral & Digestive Health.  

Problemas na Articulação da Mandíbula (ATM): o desalinhamento da mordida e a alteração da força mastigatória podem sobrecarregar a ATM, resultando em dores, estalos e dificuldade para abrir e fechar a boca. 

  • Reabsorção Óssea acelerada: a ausência da raiz de um dente de trás significa que o osso alveolar (onde o dente estava inserido) perde o estímulo e começa a diminuir em volume e densidade. Cientificamente comprovado, a perda óssea pode ser significativa: cerca de 25% da densidade óssea pode ser perdida em 6 meses, chegando a 45-60% após um ano, como detalhado por Elitedental English. A redução dimensional horizontal (na largura do osso) tende a ser mais acentuada do que a vertical nos primeiros meses pós-extração, de acordo com uma revisão sistemática publicada em ResearchGate sobre mudanças dimensionais ósseas pós-extração. Quanto mais tempo passa, maior a perda óssea, o que pode dificultar futuros tratamentos com implantes e frequentemente exigir um enxerto ósseo.  
  • Movimentação dos dentes vizinhos e desequilíbrios na mordida: com o espaço vazio, os dentes adjacentes tendem a migrar ou inclinar-se, buscando fechar a lacuna. Além disso, o dente correspondente na arcada oposta pode “extruir” (descer ou subir) pela falta de contato, criando mais desequilíbrios que podem levar a dores e desgastes. 
  • Tratamentos mais complexos no futuro: uma perda de dente de trás recente geralmente permite um tratamento de implante mais simples. Contudo, a movimentação dentária e a perda óssea com o tempo podem tornar o processo mais longo e complexo para reabilitar a estrutura bucal. 

As vantagens comprovadas do implante dentário, mesmo para dentes de trás

A decisão de fazer um implante dentário para um dente de trás traz inúmeros benefícios para sua saúde e qualidade de vida, com vasta comprovação científica:

  • Prevenção da movimentação dentária: o implante preenche o espaço onde estava o dente de trás e mantém os dentes vizinhos em suas posições corretas, preservando a harmonia da mordida e o alinhamento dos dentes. 
  • Proteção da saúde óssea e da mandíbula:  o implante simula a raiz do dente de trás natural, estimulando o osso e prevenindo sua reabsorção. Essa estimulação óssea é importante para manter a densidade e o volume do osso, prevenindo o colapso e a deformidade da mandíbula. 
  • Evita complicações futuras e simplifica tratamentos: realizar o implante o quanto antes reduz significativamente o risco de precisar de procedimentos adicionais, como enxertos ósseos ou tratamentos ortodônticos extensos. Para casos de extração, a preservação alveolar (com enxerto ósseo no local da extração) é uma prática fundamental para minimizar a perda óssea e preparar o local para o implante, como descrito por Bay Area Surgical Arts.  
  • Melhora da qualidade de vida e longevidade comprovada: implantes dentários são uma opção de tratamento com alta taxa de sucesso (acima de 97% em 10 anos) e durabilidade a longo prazo, segundo a Cleveland Clinic. Eles são biocompatíveis (feitos de materiais como titânio ou cerâmica) e, com higiene adequada e visitas regulares ao dentista, podem durar a vida toda, proporcionando melhoria significativa na capacidade de mastigar, falar, e na estética do sorriso, e, consequentemente, na qualidade de vida do paciente, como indicado pela FDA. 

Perdeu o dente há muito tempo? Ainda posso fazer um implante? A resposta da odontologia moderna

A boa notícia é: sim, na maioria dos casos! Mesmo que a perda de um dente de trás tenha ocorrido há bastante tempo, ainda é possível realizar o implante dentário e recuperar sua mastigação e qualidade de vida. 

É verdade que, com o passar do tempo, pode ocorrer uma reabsorção óssea na área do dente de trás perdido. No entanto, nem sempre essa perda impede a colocação do implante. Em muitas situações, o osso remanescente ainda é suficiente para fixar o pino do implante com segurança, sem a necessidade de procedimentos adicionais. 

E caso um enxerto ósseo seja necessário, ele é um procedimento seguro e eficaz, que reforça a estrutura da região para garantir a estabilidade do implante. A odontologia moderna oferece diversas técnicas de enxerto que permitem a reabilitação mesmo em casos de grande perda óssea. 

Portanto, não importa quanto tempo tenha passado, sempre há uma solução! O ideal é buscar uma avaliação com um especialista para que ele possa analisar as condições do seu osso e indicar o melhor plano de tratamento para você. 

Não deixe sua saúde bucal para depois! Agende uma avaliação com nossos especialistas e descubra a melhor solução para seu caso. Cuide do seu sorriso e da sua saúde! 

Dr. Henrique Taniguchi, implantodontista, CRO GO 8865 

Mesmo não sendo visíveis, os dentes de trás (molares e pré-molares) são essenciais para a mastigação eficiente, triturando os alimentos para facilitar a digestão e absorção de nutrientes. Eles também são fundamentais para a harmonia da mordida, o suporte estrutural da boca e a saúde da mandíbula (ATM). A ausência deles afeta diretamente sua saúde bucal e geral.

A demora na reposição pode causar: 

  • Mastigação prejudicada: dificuldade em triturar alimentos, levando a problemas digestivos e má absorção de nutrientes. 
  • Problemas na Articulação Temporomandibular (ATM): sobrecarga e desalinhamento da mordida, que podem causar dores, estalos e dificuldade para abrir/fechar a boca. 
  • Reabsorção óssea: o osso da mandíbula no local do dente perdido começa a diminuir em volume e densidade, o que pode dificultar futuros implantes. 
  • Movimentação dos dentes vizinhos: os dentes ao lado e o dente oposto na arcada tendem a se mover para o espaço vazio, causando desalinhamento e problemas de mordida. 
  • Tratamentos futuros mais complexos: quanto mais tempo passa, mais complexa e longa pode ser a reabilitação da estrutura bucal. 

Reabsorção óssea é a perda de volume e densidade do osso alveolar, que é o osso que dava suporte ao dente. Após a perda de um dente, a raiz não está mais ali para estimular o osso, fazendo com que ele comece a “encolher”. A perda pode ser significativa, chegando a 45-60% após um ano, e pode dificultar a colocação de um implante no futuro.

Sim, o implante dentário é amplamente considerado a melhor solução. Ele substitui a raiz do dente perdido, estimulando o osso e prevenindo sua reabsorção. Além disso, restaura a mastigação eficiente, evita a movimentação dos dentes vizinhos e protege a saúde da mandíbula, oferecendo alta taxa de sucesso e longevidade comprovada. 

  • Recuperação total da capacidade de mastigar. 
  • Prevenção do movimento e desalinhamento dos outros dentes. 
  • Proteção da saúde óssea da mandíbula, evitando a reabsorção. 
  • Minimização da necessidade de tratamentos mais complexos no futuro (como enxertos ósseos extensos). 
  • Melhora do conforto geral e qualidade de vida. 

Na maioria dos casos, sim! Mesmo após anos da perda dentária, é possível realizar o implante. Embora possa ter ocorrido alguma reabsorção óssea, muitas vezes o osso remanescente é suficiente. Se houver necessidade, procedimentos como o enxerto ósseo podem ser realizados para reforçar a estrutura e garantir a fixação segura do implante. O ideal é fazer uma avaliação com um especialista.